Anualmente o Folha da Cidade denuncia a negligência com que governo após governo trata o patrimônio público, neste caso, o Ginásio Municipal. A estrutura, antigamente sediava, além de atividades das próprias escolas do município, inúmeros eventos, com destaque para o Ponche Verde da Canção Gaúcha e outros que geravam renda para os cofres públicos.
A reportagem do Folha esteve no local durante a semana que passou e o cenário, para nós, que fiscalizamos o ginásio, pelo menos uma vez ao ano, está cada vez pior, e só não se diz que está completamente abandonado, porque há 18 anos, Adil de Melo Pacheco, o zelador, mora naquele lugar, e na medida de suas possibilidades, mantém o espaço, ao menos, vigiado, do contrário, a depredação seria ainda maior. Ele nos contou que o ginásio funcionou até o fim da gestão do saudoso Chiquinho, e depois disso, a estrutura foi fechada.
De fora, o aspecto é feio, mas é por dentro que a impressão piora, infiltrações por todo lado, telhas laterais quebradas, piso deteriorado, contrastam com a época de ouro que o ginásio viveu. A que se deve tamanho descaso? A culpa, com certeza, não é de apenas uma pessoa, ou de uma gestão somente, mas de uma sequência de omissões ao longo dos anos com um patrimônio que é da municipalidade. Lá, está enterrado o dinheiro que os pedritenses pagaram através de seus impostos. Lá, no final da Rua Coronel Longuinho, está o retrato do dinheiro público jogado fora.
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