Coluna Espírita

Lar e família

 Quando falamos em evolução, Indubitavelmente a família é uma das maiores conquistas do ser humano. Seja no aspecto físico ou moral, a união de seres que comungam os mesmos sentimentos sob um mesmo teto - o lar, representa a linha divisória entre o homem primitivo e o homem estagiando no excelso educandário. A família corporal significa para nós, espíritos endividados, a forja purificadora onde expurgamos as imperfeições adquiridas através dos tempos. Descemos ao palco terrestre beneficiados pelo dom do esquecimento, reencarnamos vinculados àqueles que ofendemos ou sofreram nossa agressão. Nessa bendita escola, reencontramos antigos afetos que sofreram nossa traição ou ingratidão; velhos comparsas de ações pouco dignas; inimigos de outrora onde a sintonia no ódio os uniu agora pela consanguinidade. Em qualquer caso, excluindo-se é claro as uniões em missão, o que é muito caro, as famílias atuais são compostas por espíritos que precisam resolver pendências do passado. Por isso é que vemos tantos conflitos, tantas dissensões entre as famílias. São mães que têm mais afinidade com um filho do que com outro, noutra vezes nem suportam um de seus rebentos chegando ao extremo de, em muitos casos, sequer conseguir levar a termo uma gravidez, por reconhecer inconscientemente no feto, o algoz de outra vida ou mesmo, o candidato à reencarnação identificar na futura mãe alguém pelo qual apenas nutre aversão; são cúmplices ou inimigos que agora sob o guante da consanguinidade, dividem o mesmo DNA, o mesmo quarto, a mesma comida, às vezes o mesmo útero, quando gêmeos; são pais que recebem filhos portadores de más formações genéticas, situação que assume duplo objetivo, o de servir de expiação para os espíritos reencarnantes e de prova para os pais que os recebem, onde se espera que o amor suplante o desafio regenerador; doutra feita, são cônjuges que resgatam hoje através da tolerância, da paciência com o parceiro ou parceira, as oportunidades que malbarataram no passado. Esta é a real significação do lar, formar dentro de suas sagradas paredes a verdadeira família, onde o perdão seja a tônica de seus integrantes. Felizes de nós quando conseguimos cumprir com essa bendita missão, a de nos reconciliarmos com aqueles com os quais trazemos vínculos seculares. Quando estivermos em situações difíceis em nossa família, lembremos que poderemos estar, quem sabe, tendo a oportunidade de refazer caminhos mal trilhados, de perdoar e ser perdoados. Desta forma, cada um de nós tem por familiares tão somente aqueles de que necessita para se realinhar com as leis de causa e efeito. Ninguém nasce na família errada, como pensamos muitas vezes, do contrário, onde estaria a bondade e principalmente a justiça divina? Quando lágrimas orvalharem nossa face e a incompreensão frente aos desafios familiares nos revoltar, agradeçamos a Deus por nos conceder a chance de recomeçar, de refazer o que ficou inacabado, peçamos a força e a coragem necessárias para bem suportar as provas ou expiações a que estejamos vinculados e elas nunca nos faltarão. 
Pensemos nisso!

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