Você já ouviu falar de Nossa Senhora da Salete? Bom, talvez os mais novos não saibam que em Dom Pedrito existe uma capela dedicada à santa católica, na localidade de Ferraria não muito longe da BR 293, ao lado da Escola Rural Ofanda Jacinto.
Na edição passada (22 e 23 de setembro) na página 6 - Fatos e Fotos, memórias, demos uma rápida pincelada no tema, e hoje, trazemos outras informações e imagens que contam um pouco mais sobre a igreja. E a santa. Como mencionamos na referida edição, Nossa Senhora de Salete é o nome dado a Maria nas suas aparições na montanha de La Salette, departamento de Isère, na região dos Alpes franceses. Nossa Senhora apareceu a 19 de setembro de 1846 a duas crianças: Maximin Giraud, de 11 anos, e Mélanie Calvat, de 15 anos.
O culto a Nossa Senhora de La Salette floresceu no século XX e, assim como Nossa Senhora de Lourdes (1858) e Nossa Senhora de Fátima (1917), continua a ser uma das mais famosas aparições marianas da idade moderna.
Possui fortes ligações com essas duas aparições marianas através da linha do tempo do segredo de La Salette e confirmada nas recomendações em Lourdes e acontecimentos em Fátima. O dia de comemoração da Nossa Senhora de La Salette é 19 de setembro, dia da sua primeira aparição.
No Brasil, Nossa Senhora da Salete, já conta com santuários no Rio de Janeiro, São Paulo, Marcelino Ramos, Caldas Novas, Várzea Grande, Renascença, Paraná e, é claro, Dom Pedrito.
Esta capela da foto está na localidade da Ferraria, ao lado da Escola Ofanda Jacinto, hoje sem uso por conta de uma invasão de morcegos.
A igreja foi construída em 1960 por Francisco Sá Antunes e Zebina Jacinto Antunes, em memória de seus sogros e pais Afonso Jacinto Pereira e Ofanda Almeida Jacinto, esta última, dando nome à escola que fica ao lado da capela.
Trata-se de uma capela particular, mas de uso coletivo.
O destaque fica por conta dos belos vitrais, pouco comuns em igrejas que ficam no interior, ao menos nos dias de hoje.
Em suas imagens estão representadas as figuras de São Judas, São José, Santo Afonso, Jesus Cristo e outros que não nos foi possível identificar pelas fotos. Em cada um deles consta o nome das pessoas ou famílias que patrocinaram a aquisição dos mesmos, como ocorre geralmente nas obras em que há colaboração da comunidade católica.
Como se vê, não se trata apenas de mais uma capela no interior, mas sim, de um pedaço da história e da cultura de Dom Pedrito, que pelo pouco incentivo que todas as coisas relacionadas à cultura historicamente recebem, está se perdendo, e antes que isso ocorra, cumprimos com o dever de, ao menos eternizar nas páginas do Folha da Cidade, um pouco de sua história, na esperança de que possa, sim, ser restaurada.
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