Aristides Caetano Dutra - um benfeitor pedritense


 Não há em Dom Pedrito, quem já não tenha ouvido falar no nome do "seu Aristides", aliás, seu nome ultrapassou as fronteiras da Capital da Paz. Possuidor de um dom, se assim nos podemos exprimir, Aristides foi e, continua sendo, lembrado e procurado pelos inúmeros feitos na área da espiritualidade, onde muitos atribuem a ele a cura de inúmeras doenças. A partir de agora tentaremos mostrar um pouco da vida deste homem que hoje é venerado como um santo e enche de orgulho a cidade onde nasceu. Dizemos, um pouco de sua vida, visto que seria preciso várias edições para contar todas as histórias que envolvem o nome deste ilustre cidadão. Como sempre, algumas informações e fotos que aparecem a seguir, nos foram cedidas pelo professor Adilson Nunes de Oliveira, museólogo e diretor do Museu Paulo Firpo que nos deu acesso a alguns objetos de seu acervo, itens que pertenceram a Aristides Caetano Dutra. Outras imagens são da própria família de nossa homenageado.

 As informações que apresentamos na sequência, nos foram passadas por uma das filhas de Aristides - Marisa. Aristides Caetano Dutra é pedritense, nascido em 14 de agosto de 1919, no Ponche Verde, perto do Bolicho da Pedra, filho de José Antônio Dutra e Maria Antônia Caetano Dutra. Casado com Verônica Dutra e pai de oito filhos, sendo quatro adotados. Aristides era um dos oito ou nove filhos do casal, como era comum na época. Órfão de pai aos 5 anos, precisou logo pegar no batente para ajudar a família numerosa. Mais moço trabalhou na viação férrea, em Santa Maria, período em que se dava a construção dos trilhos naquela localidade.

Os atendimentos

 Certa vez, logo no começo de seu trabalho espiritual, Aristides atendeu uma senhora que dizia estar seu filho muito doente, e que este estava com uma cirurgia marcada. Aristides teria dito a esta senhora: "Não opere seu filho, porque ele vai ficar na mesa", isto é, Aristides predisse que se o rapaz se submetesse ao procedimento cirúrgico, não resistiria. E foi o que aconteceu, o rapaz morreu na mesa de cirurgia. A partir daí, uma intensa perseguição se iniciou por parte da classe médica da cidade. Acusado de curandeirismo, de charlatanismo, o fato é que muitas pessoas se curavam, muitas delas desenganadas pela medicina convencional, gente que chegava sendo carregada e saía caminhando, o que só fazia aumentar o seu prestígio, até porque seus atendimentos eram totalmente gratuitos, e se alguém insistia em retribuir-lhe com dinheiro, objetos, presentes, estes eram distribuídos aos pobres. Muitas vezes, chegavam da campanha, sem dinheiro para hospedagem, Aristides abrigava as pessoas na própria casa, e os remédios, homeopatias e ervas, algumas vezes eram custeados por ele mesmo.

Leia a matéria completa na edição impressa de 23 de junho.

Postar um comentário

0 Comentários