Coluna Espírita


O aborto espontâneo à luz do Espiritismo

 O aborto é sempre um tema de difícil abordagem, por tratar-se de um assunto daqueles que as pessoas evitam pronunciar o nome, ou quando o fazem, é com as restrições de um sussurro. Tema de amplas discussões no âmbito legislativo de vários países, passando pela defesa de uns e pela condenação de outros. Discutido em fóruns e organizações religiosas. Ocorre que o aborto, possui mais ângulos do que se imagina. Não entraremos no mérito daqueles que decidem por livre escolha livrar-se do ser que habita seu ventre, pois que essa não é nossa intenção nas linhas de hoje, o Espiritismo se posiciona contrário a essa violência. Queremos, contudo, fazer algumas considerações a cerca do porquê de haverem tantos casos de aborto em que a mãe não toma parte. Existem inúmeros componentes que podem levar a este acontecimento, desde fatores orgânicos, estado emocional, acidentes, até os de ordem espiritual. Este ponto é que o que trataremos a seguir.

 Nossas relações de amor, de amizade, de ódio em uma vida, determinam as mesmas relações que teremos no futuro. Assim, hoje, vivenciamos o resultado de nossas escolhas feitas em precedentes encarnações. Podemos, então, hipoteticamente, chegar a algumas razões para este tipo de ocorrência. Por exemplo: uma mulher engravida, não importa se é o primeiro, o segundo, ou o terceiro filho. Precisamos entender que ele é um espírito, que está candidatando-se a reencarnar mais uma vez, ou está sendo, compulsoriamente direcionado a reencarnar, isso depende muito da lucidez moral do espírito, pois bem, se o espírito que vai habitar o corpo em formação for um inimigo da mãe de vidas anteriores, pode que ele, pelo ódio, pelo fato de ainda não ter conseguido superar as ocorrências negativas do passado, negue-se a vir como filho desta mãe, ou simplesmente, a incompatibilidade vibratória de ambos, determine o fim prematuro da gestação. Essa é uma visão. Vamos imaginar outra situação hipotética: a mulher engravida de seu primeiro filho, ou tenta engravidar e não consegue. Pode acontecer que em vidas anteriores ela tenha, malbaratado os dons femininos através do sexo irresponsável; pode ser que tenha cometido vários abortos induzidos e resgata, agora, em forma de prova, o resultado de suas escolhas equivocadas no passado. De acordo com as atitudes que tenha cometido ontem, serão as situações do hoje.

 Essas dificuldades, por vezes exteriorizam-se na forma de disfunções no aparelho reprodutor feminino e podem ser identificadas e até tratadas pela medicina convencional, possibilitando que a mulher consiga levar a termo o seu objetivo de ser mãe, é quando ela consegue resgatar, já nesta vida, o seu débito anterior. Já em outros casos, em que a conta de débitos é maior, mais de uma vida será necessária até que ela consiga gestar em seu ventre a vida que tanto anela trazer ao mundo. Não que essas sejam as únicas explicações para os casos de mães que têm seus sonhos interrompidos pelo aborto espontâneo, apenas servem para nos dar uma ideia do que se passa no mundo espiritual, mundo que nos cerca, mundo principal, diga-se de passagem, e que influencia nossa vida mais do que se imagina. Cabe à criatura tentar conduzir-se melhor em suas escolhas de hoje para que seu amanhã possa ser cada vez mais tranquilo, do ponto de vista reencarnatório. Tolerando-se e perdoando-se mutuamente, o ser humano chegará um dia em um ponto onde essas situações farão apenas parte do passado, onde o tempo registrou, como aprendizado, todas as suas fases evolutivas. 
Pensemos nisso!

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